Comida de Buteco cresce e faz edição com recorde de participantes em BH
Confira lista da Cumbucca com 13 bares para você prestar atenção
Rafael Rocha
Aos poucos, a cena gastronômica de Belo Horizonte vai se reerguendo após o momento mais crítico da pandemia. Uma boa prova disso começa a partir de sexta (8), quando tem início mais uma edição do Comida di Buteco – desta vez totalmente presencial -, que segue até o dia 8 de maio. O simpático concurso encara uma missão ousada ao reunir um recorde de bares participantes – são 90 na capital dos botecos, sendo que 39 participam pela primeira vez.
As expectativas são altas. Bares em todas as regiões da cidade foram escalados. Nesta edição, a criação é livre – a organização prefere estabelecer tema para os tira-gostos ano sim, ano não -, mas a criatividade continua sendo ingrediente importante. Um dos desafios é conseguir criar um petisco saboroso e competitivo ao valor de R$27, que é o preço fixo estabelecido pelo concurso.
“Há tempos queríamos ampliar o número de botecos, mas especialmente agora, que é tempo de comemorar”, revela Flávia Rocha, uma das organizadoras. A celebração citada por Flávia refere-se ao alívio após momentos de tormenta vividos nos dois últimos anos, já que a pandemia foi um tiro fatal para vários bares em todo o país – 33% dos botecos participantes do concurso, em seus 21 circuitos, fecharam as portas durante o período.
13 botecos para você prestar atenção
Em meio aos 90 petiscos inscritos no Comida di Buteco, alguns optam por caminhos mais tradicionais, mas vários se destacam com propostas criativas. Seja no campo da tradição ou da invenção, o principal é que o boteco consiga realizar um tira-gosto saboroso.
No entanto, a reportagem destaca a seguir algumas das criações que chama atenção de alguma forma, especialmente pela ousadia. É o caso do Armazém do Chopp, no bairro Santa Branca. A casa preparou carne de porco ao tucupi acompanhada com farofa de castanha-do-pará, um tira-gosto de inspirações paraenses.
No Bar da Cintia, no bairro São João Batista, a língua de boi é recheada com bacon ao vinho e chega com purê de batata, champignon e manjericão. O joelho de porco à pururuca vem ladeado por farofa crocante no Bar do Gil, no Santo Antônio. De influência indonésia, o Barrigudinha Buteco Gourmet vende carne bovina empanada, verduras e molho agridoce.
Lombo com manga acompanhado de farofa de maria-gondó é a proposta criativa do Barteco, no bairro Etelvina Carneiro. A fruta também aparece no vinagrete que acompanha o petisco do Bitaca Capetinga, que consiste em porção de bolinho de arroz recheado de rabada, taioba e queijo. No bairro Dona Clara, o Cantinho Mineiro oferta o tira-gosto que leva asa de frango empanada em farinha com gengibre e molho de kiwi, que chega com batata chips e guacamole.
Rocambole de torresmo de barriga com cachaça, molho de goiabada e pimenta rosa, seguido por curau de milho verde é o prato da Cervejaria Pajé, no Vista Alegre. Croquete de rabada com molho aioli de agrião é a aposta do Mamute Gastrobar, no bairro Cruzeiro. No bairro Santa Amélia, o Planeta Lúpulo fez um ragu de costela bovina servido na abóbora, acompanhada por quiabo frito e polenta à palito com folhas de ora-pro-nóbis. A folha também é ingrediente do petisco do Santo Boteco, que consiste em linguiça de copa lombo com ora-pro-nóbis e angu de milho verde.
No bairro Nova Suíssa, o bar Reforma serve frango à passarinho ao molho pardo com polenta, quiabo frito e crispy de alho-poró. Umbigo de banana é usado também em formato crispy no petisco do Tô a Toa, um ragu de costela com mandioca.
A lista completa de participantes está disponível aqui.
- 08/04/2022
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