Lugares antigos preservam a história de BH

Bar do Orlando – Foto: Bruna Lacerda

De geração em geração, famílias seguem à frente dos negócios mais longevos da capital

Belo Horizonte é uma cidade em constante mudança, mas alguns endereços permanecem fiéis às suas origens. Lugares quase centenários – apenas um deles já passou dos 100 anos – guardam sabores, memórias e ambientes que resistem ao tempo.

Conheça bares, restaurantes, sorveterias, cafeteria e fábrica de doces que estão entre os comércios mais antigos da capital e continuam a ser referência para comer e beber bem. Três deles estão na lista do projeto Bares com Alma, parceria da Belotur com o Sebrae Minas, que reúne ícones da boemia belo-horizontina.

Bar do Orlando (1919)

É o endereço boêmio mais antigo da capital dos bares. Pintado de verde e rosa, o bar resiste aos modismos e mantém o charme de seus primeiros dias, servindo uma simples e encantadora comida de boteco, como o famoso Trio da Roça, com torresmo, batata e linguiça.

R. Alvinópolis, 460, Santa Tereza; (31) 99954-6101; @bardoorlandobh

Lalka (1925)

Fundada pelo polonês Henryk Grochowski, é a primeira fábrica de bombons, balas e chocolates de BH. Já na quarta geração da família, a marca permanece fiel às receitas originais. O catálogo com mais de 150 produtos é encabeçado pela icônica bala de maçã.

Av. do Contorno, 1875, Floresta; (31) 3273-4856; @lalka_oficial

Tip Top (1929)

Agora na Savassi, o bar e restaurante segue com a missão de se modernizar sem perder suas raízes alemãs. Lá é o lugar para se familiarizar com nomes como frankfurter, schnitzel, eisbein e apfelstrudel. Desde a fundação, pela tcheca Paula Huven, é comandado por mulheres.

R. Paraíba, 811, Savassi; (31) 3275-1880; @tiptopdesde1929

Tip Top – Foto: Rayana Almeida
Sorveteria São Domingos (1929)

A famosa esquina com bancos na calçada esbanja história, que começou com o italiano Domingos da Silva. Os sorvetes artesanais são preparados com frutas frescas e leite da fazenda da família. Entre os 50 sabores disponíveis na vitrine todos os dias, coco é o mais pedido.

Av. Getúlio Vargas, 800, Savassi; (31) 3261-1720; @sorveteriasaodomingos

Sorveteria Universal (1932)

Com um ambiente repleto de antiguidades, entre máquinas e fotos, a loja permite uma viagem no tempo. Tudo é de fabricação artesanal, seguindo receitas italianas do século passado. O sabor que leva o nome da sorveteria combina baunilha, caramelo, flor de sal e chocolate.

Av. do Contorno, 1855, Floresta; (31) 99664-7201; @sorveteriauniversal

Café Bahia (1937)

O nome faz referência à sua localização original, na Rua da Bahia, até a mudança para o atual endereço. Na estufa, brilham os famosos bolinhos de carne e de bacalhau, que atraem uma clientela fiel. O mexido com carne à escolha, couve e ovo estalado sai da cozinha o dia todo.

R. dos Tupis, 369, Centro; (31) 98302-2514; @cafebahia1937

Café Palhares (1938)

O PF mais emblemático da cidade é servido nesse disputado balcão. Junção de arroz, farofa de feijão, couve, ovo, torresmo, linguiça e molho especial da casa, o Kaol atrai belo-horizontinos e turistas. Dizem que só se conhece verdadeiramente BH depois de comer esse prato.

R. dos Tupinambás, 638, Centro; (31) 3201-1841; @cafepalhares

Tradicional Limonada (1938)

Imagina o que significa ser ícone de BH e do Mercado Central. A Tradicional Limonada preserva a receita original, com as medidas exatas de limão, água e açúcar. Hoje também oferece a bebida com groselha, chá mate, gengibre e a caipirinha. Para acompanhar, bolinhos de feijão.

Av. Augusto de Lima, 744, loja 355, Centro; (31) 3273-3296; @tradicionallimonada

Café Palhares- Foto: Cumbucca/Leo Lara/Divulgação
Foto: Divulgação
Café Nice (1939)

Localizado na Praça Sete, é famoso por ser ponto de encontro de figuras da política e da cultura. Além do clássico pão de queijo com café, faz história com o creme de maisena com ameixa e o frapê de coco. O serviço no balcão é ágil e todos comem em pé.

Av. Afonso Pena, 727, Centro; (31) 3222-6924; @cafenicebh

Bilhares Brunswick (1939)

O salão é tomado por mesas de bilhar, onde se desenrolam vários tipos de jogos em nome da diversão. Na varanda, ficam as mesas onde dá para comer espetinhos, porções e sanduíches, com destaque para o Campeão, com pão francês, ovo, tomate, filé e queijo.

Av. Afonso Pena, 4172, 2º andar, Cruzeiro; (31) 99517-2142

Bola Bar (1939)

Sua estufa chama a atenção tanto pelo tamanho quanto pela beleza e pela fartura. Ali dentro, verdadeiros patrimônios da comida mineira de boteco se exibem em travessas de vidro. A saber: rabada, pé de porco, almôndega, língua de boi e muitos outros.

R. Padre Eustáquio, 2512, Padre Eustáquio; (31) 3203-1250; @bolabar_oficial